quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Em meio a controvérsias, professores da Ufba decidem continuar em greve

Professores vão fazer assembleia para destituir diretoria de sindicato

Divulgação


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Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram em assembleia encerrada na noite de terça-feira (7) continuar em greve. A maioria dos docentes presentes recusou a proposta da diretoria do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub) de encerrar a paralisação. Foram 310 votos a favor da continuidade da greve, 29 contra e 3 abstenções.
A assembleia demonstrou mais uma vez a falta de acordo entre os professores. Enquanto o sindicato - ligado à Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que já assinou um acordo com o governo federal - defendia o fim da paralisação, o comando de greve é contra o fim do movimento. A plenária acabou decidindo por manter a greve.
"O Proifes já assinou o acordo com o governo. O Proifes é a federação do qual o Apub sindicato faz parte. Então, uma vez assinado o acordo com o governo, resta a gente discutir a questão do encerramento da greve", disse à TV Bahia Sílvia Lúcia Ferreira, do sindicato dos professores.
"Das sete universidades que a Proifes represente, somente São Carlos, em São Paulo, e a do Rio Grande do Sul saíram da greve. As outras decidiram pela continuidade em greve e estão encaminhando a mesma situação (de discordância). A gente fez uma contraproposta e quer que seja negociada, agora a greve continua pela reabertura da negociação", diz o professor Miguel Accioly, do comando de greve. Para ver a contraproposta dos professores, clique aqui. Em nota, o Comando de Greve informou que uma assembleia no dia 15 de agosto na Faculdade de Arquitetura irá discutir a destituição da atual diretoria, já que os professores não se sentem representados pela atual Apub. O comando classifica as ações da Apub e da Proifes de "subservientes às posições do governo desde o início da greve, desrespeitando as decisões das assembleias".
"Hoje, pela quantidade de pessoas que tinha já teria quórum legal para substituir (a diretoria), só não foi feito hoje porque a lei de greve estabelece que a assembleia deve ser chamada especificamente para isso, tem que ter um quórum qualificado", diz o professor Accioly.
Na quarta (8), às 14h30, outra assembleia discute a pauta local dos professores da Ufba, que gira em torno de quatro eixos - gestão participativa, fortalecimento da tríade ensino, pesquisa e extensão, melhoria nas condições de trabalho, e transparência das contas das fundações de apoio. 

As informações são do Correio.

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