quinta-feira, 14 de junho de 2012

Falta medicação de alto custo em hospital especializado




Durante a audição desta quarta-feira do radiojornalístico Linha Direta com o Povo o depoimento de uma ouvinte chamou a atenção. A senhora, que se identificou como Maria Luiza, fez um apelo emocionado pela saúde de seu pai, dependente de medicação gratuita fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ele está agressivo, bate nele mesmo, na cabeça, não come, não toma banho, não faz nada. A médica disse que a ultima cartada era esse remédio”, alertou a ouvinte. A substância em questão é a aripiprazol, comercializada com o nome de Abilify 15mg e distribuída pelo Hospital Especializado Lopes Rodrigues (HELR). O fármaco é utilizado no tratamento de pacientes com esquizofrenia.
Segundo a reclamante, o medicamento custa R$ 800,00. “Precisamos do remédio para hoje, para ver se ele dorme”, explicou. A reportagem do portal de notícias Bom Dia FEIRA esteve na sede da unidade especializada e de acordo com a farmacêutica Elvira Beatriz Ribeiro o remédio está em falta, mas que aguarda ser enviado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). “Todas as medicações tem um protocolo a seguir. Existe um termo de consentimento, de solicitação médica, relatórios, documentos pessoais, cartão do SUS e exames”, explicou.
Ribeiro disse que é necessário o paciente estar inscrito no programa de tratamento para receber a medicação suficiente para um mês. Em Feira, cerca de cinco usuários estão cadastrados para fazer uso da medicação. “Entramos em contato ontem e o setor responsável está enviando a medicação, a de 15mg, pois a de 20mg continua em falta. Devemos estar recebendo amanhã”, estipulou. 
A farmacêutica afirma que o medicamento em questão não faz parte dos fármacos do programa para esquizofrenia. “A Sesab adquire extra devido a demanda, mas o Ministério da Saúde  ainda não padronizou essa medicação para uso continuo”, salientou.


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