quarta-feira, 4 de julho de 2012

Marcha para Jesus


A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, de delegar o julgamento da greve dos professores da rede estadual de ensino para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA)deu mais munição para os docentes continuarem a greve que já dura mais de 80 dias.
Sem uma decisão definitiva sobre a legalidade do movimento paredista, já que o recurso movido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), no STF, contestando a decisão do 5ª Vara da Fazenda Pública, voltou para o TJ-BA, os professores da rede estadual em Feira de Santana decidiram, em assembleia ocorrida nesta quarta-feira (4), que vão aguardar o julgamento do dissídio pelo Tribunal Pleno do TJ-BA, composto por 33 desembargadores, para decidir o futuro da greve. “Não é o julgamento de uma pessoa isolada, e sim de uma corte”, disse a diretora da Regional da APLB, Marlede Oliveira.
 
Segundo a sindicalista, a decisão pode sair até a próxima semana e caso seja considerada ilegal, a categoria sinaliza pelo fim da greve, pelo menos em Feira. “No momento não vamos deixar os professores de Salvador sozinhos”, comentou a professora que ainda contestou a informações do governo de que a greve estava considerada em Feira de Santana e Salvador. A diretora regional citou diversas cidades da região como Conceição do Jacuípe e Santo Estevão, que estão com escolas paradas. 
 
Lembrando que os professores pedem reajuste de 22,22%. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores.
 
O governo propõe um reajuste salarial entre 22% e 26% por meio de progressão na carreira, através da presença regular em cursos de qualificação promovidos pelo governo. O sindicato aponta, por outro lado, que a proposta não contempla os professores aposentados, em licença médica e estágio probatório.

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