Há 41 dias em greve, os professores da rede estadual de ensino realizaram nesta segunda-feira (21) um ato em frente a Diretoria Regional de Educação (DIREC 2) em Feira de Santana.
Com coroa fúnebre e velas, os profissionais simbolizaram o enterro do órgão, que representa a Secretaria de Educação do estado.
Em Feira de Santana, cerca de 50 mil alunos estão sem aulas. A diretora da regional Sertão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Marlede Oliveira, disse que o governo está negociando a volta das aulas em troca dos salários cortados. “Vamos ter que repor as aulas, por que temos que completar 200 dias. Amanhã tem assembleia em Salvador e vamos manter a greve. O governador tem que aprender a ser democrático e negociar”, disse.
Oliveira criticou os gastos do governo com funcionalismo público, que segundo a sindicalista é de 44% da folha, quando o limite prudencial preconizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51%. Para Marlede, a arrecadação estadual com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também é questionável. “É uma caixa preta, cheia de Reda, PST, uma vergonha”, protestou.
A sindicalista explicou que a Direc 2 foi escolhida devido a inoperância da repartição, segundo a avaliação da categoria. “Não sabemos para o que serve isso aqui. Se vier reclamar que a aposentadoria não sai, não resolve. Mas o importante é vamos resistir, uma greve contra o governo de estado é uma guerra”, observou.
Com informações do repórter Valdir Moreira.
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