segunda-feira, 21 de maio de 2012

Melhorar assistência aos casos de dengue

Agilidade no envio das fichas de investigação e notificação 

Visando aperfeiçoar a assistência prestada por médicos e enfermeiros aos pacientes com suspeita de dengue que buscam atendimento nas unidades de saúde públicas e privadas de Feira de Santana, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu, na manhã desta segunda-feira (21), a capacitação para o “Manejo Clínico da Dengue”. O evento foi realizado no auditório da própria secretaria.
A importância das unidades agilizarem o envio das fichas de investigação e notificação à Divisão de Vigilância Epidemiológica (Viep) foi um dos assuntos destacados pela técnica de referência em dengue da SMS, Maricélia Lima. “A chegada desta ficha em até 15 dias vai permitir identificar as áreas de risco da cidade. É através das informações contidas nos formulários, que a Viep intensifica os trabalhos de bloqueio nos locais que apresentam um grande número de notificações e subsidia outras medidas de controle”, ressaltou.
A pediatra do Hospital Estadual da Criança, Suane Galeão, mostrou como os profissionais devem proceder para realizar o manejo clínico da dengue, considerando a classificação de risco e suas complicações. Ela observou que a doença é negligenciada porque inicialmente se apresenta de forma branda e amena.
“Por ser de baixa letalidade, as pessoas costumam não dar a devida atenção. Muitas doenças matam mais que a dengue, por isso, o descuido. Mas é necessário nos preocuparmos, pois a forma branda pode se agravar e levar ao óbito”, alertou.
A situação epidemiológica da dengue em Feira de Santana foi apresentada durante a capacitação. De janeiro a 20 de maio, foram notificados 2.733 casos suspeitos da doença. Destes, 450 foram confirmados como do tipo clássica e quatro com complicações. O primeiro óbito por dengue no município foi registrado na última semana. O paciente era um idoso de 68 anos, diabético e hipertenso.
Conforme a chefe da Viep, Janice Estrela, a preocupação neste momento deve ser ainda maior, devido a chegada da chuva. “Os ovos que foram depositados no período de alta temperatura podem vir a eclodir agora, quando os recipientes passam a acumular água. Os munícipes, portanto, precisam redobrar os cuidados e descartar os utensílios que favorecem isso. Até mesmo simples tampinhas de garrafa podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti”, destacou.
Ela acrescenta que “a Viep mantém o estado de alerta e vem adotando várias medidas para intensificar o combate à doença na cidade”. Dentre os bairros que registraram um maior número de casos, estão Campo Limpo (91), Parque Ipê (86), Cidade Nova (62), conjunto Feira X (59) e George Américo (55).

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