quarta-feira, 23 de maio de 2012

Rodoviários do transporte intermunicipal entram em greve





A partir desta quarta-feira (23) os rodoviários que atuam no transporte coletivo intermunicipal, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Feira de Santana (Sintrafs), entram em greve por tempo determinando, deflagrada na terça-feira (22).
O presidente do Sintrafs, Alberto Neri, disse que a categoria tentou por 50 dias construir uma proposta que atendesse a reivindicação dos trabalhadores. “As representações patronais entenderam que não deveriam atender as nossas reivindicações e debocharam com os representantes da comissão”, afirmou.
 O líder sindical disse que o Ministério Público apresentou uma proposta, rejeitada pelos empresários, que em contrapartida enviaram uma proposta de 4,88% de reajuste salarial, principal pauta da categoria. “Entendemos que eles não queriam negociar e deflagramos a greve por tempo indeterminado. O julgamento do dissídio da greve será na próxima segunda”, explicou. Quem representa as empresas de transporte coletivo intermunicipal é a Associação de Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário do Estado da Bahia (ABENTRO).
 Segundo Neri, a manutenção dos 40% da frota será respeitada caso o sindicato seja notificado e as empresa informem o quantitativo de ônibus que possui. “Os carros que vão rodar serão marcados e vamos liberar, agora não vamos cumprir por que alguém ordenou. A empresa pode dizer que tem 40%, mas está a frota toda”, revelou.
 Para os que amanheceram no Terminal Rodoviário de Feira de Santana com compromissos a cumprir em outra cidade, Neri disse que os carros que estão em circulação chegarão ao destino final, porém os que têm como ponto de saída feira de Santana, estarão parados. “Tem o transporte clandestino que faz a viagem Feira/Salvador, que infelizmente é normal, mas isso acontece no dia-a-dia”, disse.
 Nas dependências da Rodoviária, muitos desavisados ficaram sem transporte na manhã desta quarta-feira. Igor Bastos estava com viagem programada para Amargosa, no Recôncavo baiano, mas soube no guichê que não tinha ônibus disponível. “Eu pedi para o meu pai vir me buscar, e quem não pode? Não acompanhei o noticiário ontem não sabia sobre a greve”, revelou.
 Cristiano Souza, que fazia conexão em Feira do trecho entre Itabuna e Irecê estava em dúvida se chegaria ao destino final. A passagem do usuário estava comprada desde a manhã de ontem, mas a viagem não está garantida, apesar de no bilhete constar o horário de 8h15 para a chegada do automóvel. “Estou preso na metade no caminho e sem saber o que fazer. No guichê não estão garantindo nada e falaram que a demanda está baixa, com 10 passagens compradas”, observou o passageiro.

Com informações do repórter Valdir Moreira.
 Fonte Bom dia Feira

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